Pesquisar no Site

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

TAXA DE INTERNAÇÕES POR COMPLICAÇÕES NO PERÍODO DE PUERPÉRIO

Conceituação

Número de internações determinadas por complicações no período de puerpério em relação ao total de partos da operadora no ano considerado.


Método de Cálculo

  

Nº de internações por complicações no período de puerpério

x 10.000

Total de partos (normais + cesáreos)

  

 
 

Definição de termos utilizados no indicador

Puerpério: Período (compreendido) entre o parto da placenta e o retorno dos órgãos reprodutivos a seu estado morfológico normal não grávido. Em humanos o puerpério geralmente dura de seis a oito semanas (OPAS, 2004).

Complicações no período do puerpério: São as internações cujo procedimento realizado é a histerectomia puerperal (35011017) (Moreira, 2004).

Parto normal: É o procedimento no qual o concepto nasce por via vaginal.

Parto cesáreo: É o procedimento cirúrgico que inclui incisão abdominal durante o trabalho de parto.


Interpretação do indicador

• Avalia o risco de uma mulher no período puerperal ser internada por complicações deste período.

• Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações de saúde em todos os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e prevenção, diagnóstico precoce e tratamento) para saúde materno-infantil.

 
 

Usos

Analisar, indiretamente, a qualidade da assistência pré-natal, ao parto e no puerpério, supondo que uma boa assistência diminua o valor do índice.

Analisar as variações temporais do indicador, por operadora, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.


Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A média da taxa de internação por complicações no período de puerpério, no período de 1998 a 2003, no Brasil (SIH, 2004), foi de 1,88 internações por 10.000 partos.


 

Meta

15% abaixo da taxa nacional de internações no período de puerpério (nível 3) que foi 1,88
de internações por 10.000 partos, ou seja, 1,60 de internações por 10.000 partos.

 
 

Ações esperadas para causar impacto positivo no indicador

• Aprimorar os serviços que atendem à mulher e ao recém-nascido, principalmente das maternidades.

• Ampliar o acesso e garantir a qualidade dos serviços de pré-natal e parto.

• Constituir sistema de informações que permita a definição do perfil epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da população beneficiária.

• Divulgar indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos prestadores de serviço.

• Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e qualificação da assistência.

 
 

Limitações e vieses do indicador

• Os dados são coletados por período de competência contábil, ou seja, mês e ano em que a operadora recebe a cobrança do evento, o que nem sempre equivale à sua data de ocorrência.

• O total de partos é adotado como uma aproximação do total de mulheres no período puerperal.

• A histerectomia puerperal, que pode ser decorrente de complicações hemorrágicas ou sépticas, traduz apenas uma parte do quadro de complicações nesse período da vida feminina. As afecções mamárias, os fenômenos tromboembólicos, a toxemia puerperal, a descompensação de enfermidades crônicas e os desequilíbrios emocionais também afetam a mulher puérpera, apresentando habitualmente resultados menos fatais (Morejon et al., 2002).

• Análise de indicador em populações muito pequenas: no caso de municípios, Soares et al (2001) explica que quando a população de determinado município for muito pequena, os resultados de um indicador podem apresentar dificuldades na sua interpretação. Para evitar problemas desse tipo, deve-se realizar a análise conjunta dos dados, em série de anos ou grupo de municípios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentário Liberado:apenas para pessoas cadastrada no Blog

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.